Foi
evitando as reticências
que
eu aprendi a encarar as palavras como realmente são
sem
dar margem para o infinito de possibilidades
sempre
grande e relativo demais
Foram
os pontos finais
que
me impulsionaram a começar de novo, e,
de
forma clara e consistente,
me
fizeram entender que ideias se finalizam
e
mudam, dependendo das circunstâncias que vem pela frente
Eu
não vou rir ao fim da frase pra disfarçar
porque
gosto da verdade
gosto
das coisas estranhas que a gente não costuma dizer
mas
pensa, e acaba dizendo entre as linhas
de
qualquer história normal demais pra ser humana
Eu
não vou medir as minhas palavras
porque
sou enlouquecida pela realidade
e
não consigo resistir ao tudo ou nada, e vice versa e ao contrário
Foi
assim com você e com todos os outros dos quais me lembro
quando
se trata de coisas tão humanas quanto relacionamentos
não
sei ir devagar, contar os passos e as palavras
Me
faço vulnerável por dar vida às minhas palavras
e
feito criança e sem escudos
abraço
qualquer dor, qualquer fuga, qualquer anseio
acredito
tanto até no que não faz sentido
que
talvez meus olhos até brilhem
Mas
isso só você pode dizer
e
eu duvido que tenha reparado
você
e todos os outros
Adoraria
culpar vocês por tudo
mas
nem ao menos minha é a culpa
Uma
vez mais, posso ver tudo à beira do abismo
tão
fácil de chutar pra longe da minha vida
tão
necessitado que eu acolha com todo coração
Mas
é assim a realidade e as palavras e a vida
um
eterno conflito entre a dor e a certeza
a
certeza que deixo pras pessoas previsíveis
e
a dor que me consome e completa.
- 23:07:00
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