És o aconchego de um coração que andava cansado de acelerar por miudezas
E o desespero de quem sempre anseia por mais
És a leveza do sorriso que chega sem aviso e não tem hora pra ir embora
E o sufoco das horas e das distâncias longas demais

És comigo emaranhado feito em nós
A tecer fio a fio a teia que nos aprisiona e nos liberta
És a mão junto da minha
A Tatear os limites dos nossos encontros

És comigo artista amador
A tentar desvendar o que é saída, o que é caminho, o que é chegada
És o corpo colado ao meu
A escutar o som consonante das nossas respirações

És comigo nós no mundo e o mundo em nós
A entrelaçar as pernas e os desejos
És armadilha do universo de dentro
A perder de mim o que eu quisera salvar