Refúgio da dor

21:30:00

Houve um tempo presente em que eu desejei ser tudo, ainda aquele que eu quis ser nada.
Como destoar fosse ser, como perceber fosse amar.
Ainda lembro do medo do meu silêncio;
haja medo, haja silêncio.
O medo que fica e o medo que passa, não aquele dos mais fracos ou fortes, mas aquele dos mais humanos, como o arder dos olhos na noite fria.
E o silêncio, aquele dos sonhos, das sombras da noite, ainda fora o refúgio da dor.


Fugiu-me como um sonho, o tempo e os sonhos e o dia
E como ser fosse amar, como amar fosse ser
Havia ainda o medo do silêncio, que fica, não passa, que fere, não arde
Destoa como humano amor
E o silêncio, aquele dos sonhos, das sombras da noite, ainda seja o refúgio da dor.

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1 comentários

  1. "E o silêncio, aquele dos sonhos, das sombras da noite, ainda seja o refúgio da dor."

    Sempre o som do silêncio =)

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