Escolha

21:36:00

Houve o tempo em que admiti ser refém das minhas escolhas
sempre há o tempo, sempre há escolhas
sempre o clichê que ronda as coisas tão humanas
e o desviar dos olhos e a secura da boca
ao perceber que isso não torna tudo mais fácil.
Eu escolhi você
Talvez fosse mais fácil admitir que poderia não ter escolhido.
Mas escolhi
Eu, meus olhos, minha pele, meu pensamento e todos os eu-líricos que eu poderia criar
Escolhi você, seus olhos, seu sorriso, seu cheiro, seu toque, sua alma e o calor de todos os meus textos.
Quis escolher não ter escolhido, ter fugido, ter lutado
Mas escolher você não poderia ser reversível
Não com a sua energia transformando tudo que eu chamara meu.
Talvez o mais certo fosse o meu grito, o meu choro, o meu silêncio ou qualquer coisa perto da tristeza por não ter você.
Ou talvez a atitude meio desesperada de seguir mais rápido do que os meu pés poderiam acompanhar.
Mas escolher você foi escolher compartilhar tua paz
que não descansa em acalmar meu coração da tua presença, do teu sussurro, da tua verdade.
E ainda que tudo se torne silencioso e constrangedor,
é só você, minha melhor conseqüência.

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